Post by John Myung on May 27, 2006 20:23:02 GMT -3
"Eles pintam os olhos e curtem rock
sentimental, mas costumam ser
alvos de chacota e até agressão.
Por Marina Caruso
Donos de um visual peculiar –
roupas pretas, franja, olhos
pintados e acessórios fluorescentes –, os emos são a mais nova tribo em expansão entre os jovens de 11 a 25 anos. Seus membros não têm o menor temor de expressar seus sentimentos e até chorar. São fãs de um rock chamado emotional hardcore, ou emocore, um heavy metal mais romântico e melódico. Por isso, a expressão emo de emoção. O injustificável é que o estilo dessa turma vem produzindo chacota e gerando atitudes intolerantes e até agressivas de outras tribos. Em São Paulo, na Galeria do Rock, antigo reduto de punks e metaleiros, os lojistas protestam contra a presença de membros do grupo. “É vergonhoso um lugar como este se tornar reduto de pivetes emotivos”, resmunga um vendedor. Em outra vitrine, um cartaz anuncia: “Proibido estacionar emos e emas.”
Para os adeptos, a reação se deve ao desconhecimento. “Nos chamam de homossexuais porque pintamos os olhos. Não sou gay, embora não tenha nada contra”, explica Henrique Nascimento, 17 anos, que se classifica como um “metrossexual extra-assumido”. Por questão de segurança, ele e mais 30 emos vão em bando à galeria. Uma das poucas meninas do grupo, Priscila Souza Lima, 15 anos, acha que a perseguição se deve à intolerância. “Tem muita gente que faz pose e nem conhece o emocore. Por isso não nos levam a sério”, diz. O estilo musical da tribo nasceu em Washington (EUA), nos anos 80, com bandas como Embrace e Rites of Spring. Segundo o vocalista do Sepultura, Derrick Green, se diferenciava do hardcore pelas letras. “Eram músicas pesadas, que discorriam sobre sentimentos românticos”, explica.
Hoje, a febre é acompanhada por debate e tensão. “Os emos são bebês chorões. Quando crescerem, morrerão de vergonha de ter se vestido assim”, declarou recentemente na MTV o apresentador João Gordo. “Tenho medo de dizer que sou emo e apanhar de um skinhead”, confessa um deles"
Fonte: Revista "ISTO É"
sentimental, mas costumam ser
alvos de chacota e até agressão.
Por Marina Caruso
Donos de um visual peculiar –
roupas pretas, franja, olhos
pintados e acessórios fluorescentes –, os emos são a mais nova tribo em expansão entre os jovens de 11 a 25 anos. Seus membros não têm o menor temor de expressar seus sentimentos e até chorar. São fãs de um rock chamado emotional hardcore, ou emocore, um heavy metal mais romântico e melódico. Por isso, a expressão emo de emoção. O injustificável é que o estilo dessa turma vem produzindo chacota e gerando atitudes intolerantes e até agressivas de outras tribos. Em São Paulo, na Galeria do Rock, antigo reduto de punks e metaleiros, os lojistas protestam contra a presença de membros do grupo. “É vergonhoso um lugar como este se tornar reduto de pivetes emotivos”, resmunga um vendedor. Em outra vitrine, um cartaz anuncia: “Proibido estacionar emos e emas.”
Para os adeptos, a reação se deve ao desconhecimento. “Nos chamam de homossexuais porque pintamos os olhos. Não sou gay, embora não tenha nada contra”, explica Henrique Nascimento, 17 anos, que se classifica como um “metrossexual extra-assumido”. Por questão de segurança, ele e mais 30 emos vão em bando à galeria. Uma das poucas meninas do grupo, Priscila Souza Lima, 15 anos, acha que a perseguição se deve à intolerância. “Tem muita gente que faz pose e nem conhece o emocore. Por isso não nos levam a sério”, diz. O estilo musical da tribo nasceu em Washington (EUA), nos anos 80, com bandas como Embrace e Rites of Spring. Segundo o vocalista do Sepultura, Derrick Green, se diferenciava do hardcore pelas letras. “Eram músicas pesadas, que discorriam sobre sentimentos românticos”, explica.
Hoje, a febre é acompanhada por debate e tensão. “Os emos são bebês chorões. Quando crescerem, morrerão de vergonha de ter se vestido assim”, declarou recentemente na MTV o apresentador João Gordo. “Tenho medo de dizer que sou emo e apanhar de um skinhead”, confessa um deles"
Fonte: Revista "ISTO É"