Post by Psycho on Dec 21, 2005 16:32:42 GMT -3
Achei esse um assunto tudo a ver com o momento, tanto dos video clipes quanto a respeito dos melhores lançamentos de 2005, quanto ao jabá, mainstream e tudo o que a gente tem discutido aki ultimamnente deem uma lida nessa entrevista
Entrevista opeth 21/12/2005 07:51
entrevista retirada do site: www.cifraclub.com.br
link direto: cifraclub.terra.com.br/noticias/szws-peter-lindgren-fala-sobre-nova-e-muito-boa-fase-do-opeth.html
Entrevista:
2005 foi um ano e tanto para os suecos do Opeth. A começar pelo contrato fechado com a gravadora Roadrunner. Seguiu-se, então, a gravação de Ghost Reveries, já considerado o melhor álbum da banda - que tem na bagagem grandes obras como Blackwater Park e Still Life.
Capitaneado pelo guitarrista, vocalista e compositor Mikael Akerfeldt, o Opeth move-se conforme seus próprios modos, reunindo instrumentistas majestosos em uma mistura de vertentes extremas, melódicas e harmônicas do metal. Tudo com pitadas de rock progressivo - a paixão assumida da banda - e muita habilidade, sem virtuosismos.
Em entrevista ao zine Metal Forge, o guitarrista Peter Lindgren falou a respeito deste novo passo na carreira da banda, que chega aos 15 anos aparentando maturidade, mas sem cansaços. Ele falou a respeito do medo irracional de seus fãs acerca do contrato com a Roadrunner, conhecida por lançar bandas de new metal, e falou - muito mal - do primeiro videoclipe da banda, da música "The Grand Conjuration".
Fãs do Opeth vs. Roadrunner Records
"De primeira, ficamos irritados com a reação dos fãs. Pô, olha pra gente. Fazemos nosso próprio som há 15 anos. Nosso contrato com a Roadrunner não nos transformaria magicamente em uma banda de new metal, sabe? Eu acho imbecil que algumas pessoas realmente acreditam que uma gravadora como a Roadrunner consiga mudar o som de uma banda velha como o Opeth. Não é como se um americano chegasse para nós e nos mandasse usar calças largas".
"Será que a Roadrunner vai mandar a gente colocar um rapper no próximo disco? Não. Jamais vai acontecer. Nós não temos sequer produtores envolvidos em nosso processo de composição. Não confiamos em ninguém para isso. Acho que a maioria das críticas vem de uma cambada de moleques. Eles descobriram que fomos contratados por essa tal de gravadora de new metal e acabaram achando que viraríamos uma banda desse gênero".
"P****, até algumas fotos promocionais foram criticadas! Alguns moleques por aí reclamaram que a grama não estava verde o suficiente. Arrume uma vida! De toda forma, no fim das contas, acabamos deixando de nos importar com o que essas pessoas acham. Eles deveriam saber disso, se são fãs mesmo. Depois de tantos anos fazendo nosso som, não mudaríamos isso para ninguém".
O videoclipe de "The Grand Conjuration"
"Sempre falamos por aí que não somos muito chegados em fazer clipes, a menos que seja um clipe full length de uma música inteira. Obviamente, nós sabemos que isso nunca funcionará. Nossas músicas são grandes demais e ninguém vai querer trabalhar em cima de um vídeo para uma canção de 10 minutos se ninguém vai passar na TV. Então pensamos que a única forma de concretizar isso seria editando a música. Também não gostamos disso, mas fomos nessa".
"O pessoal da Roadrunner nos disse que teríamos apenas uma noite para filmarmos a parte onde tocamos e isso teria de ser feito durante nossa turnê. Perguntamos quem iria dirigir o clipe e nos disseram que seria Bill Yukich. Perguntamos qual era a proposta do clipe e nos mandaram três ou quatro idéias totalmente diferentes, então não sabíamos o que estava rolando. Estava um caos, então decidimos simplesmente entrar, filmar e dar o fora".
"E acho que o resultado final do clipe está de acordo com este caos. Não tínhamos idéia do que iria acontecer e eu não gostei nada do resultado final. Não tem nada a ver com a música, nem com a letra. Perguntamos algumas coisas para Bill Yukich, mas ele estava sempre puto demais para responder. Não sabíamos qual era a história ali. Nos mandaram o resultado final e estava horroroso. Decidimos então que algumas mudanças teriam de ser feitas".
"Foi quando nossos empresários e o pessoal da Roadrunner entraram em contato e falaram das bandas que ele havia dirigido (Foo Fighters, Probot e H.I.M.) e de todo o trabalho que ele botou em cima do nosso clipe. Depois de tanto tempo na banda, sempre pensamos que nosso primeiro clipe seria ótimo, mas ficou ridículo. Parece que meu gato sentou naquilo. Ficamos meio putos na hora, mas é só um clipe, quem se importa?".
"Ter um vídeo passando na TV parece uma boa idéia, não existe má publicidade e ele vai acabar servindo pra isso. Alguns amigos nossos ligam dizendo 'Esse é o pior vídeo que já vi na minha vida!' e nós simplesmente concordamos. Gosto da idéia de fazer clipes. O vídeo de 'Come To Daddy' do Aphex Twin, dirigido pelo Chris Cunningham é um exemplo de como algo pode sair legal. Mas ele está quase se aposentando e cobra caro, então não podemos usá-lo nunca".
"A gente deve fazer mais vídeos. Mas, dessa vez, vamos tomar mais cuidado e ter um pouco masi de controle sobre as coisas".
Ghost Reveries: o melhor do Opeth?
"As críticas foram tão boas que chegam a ser embaraçosas! Os fãs parecem ter amado o disco e nós não podemos deixar de concordar, porque também adoramos. Ele ainda é novo, então é natural que nos apaixonemos. Mas acho que daqui a alguns anos, Ghost Reveries será considerado um de nossos melhores discos, quiçá, o melhor".
"Fizems uma aproximação diferente com este disco. Nos dois últimos discos [Deliverance, de 2002 e Damnation, de 2003], a nossa idéia era chegar ao estúdio com preparo total, 100% ensaiados. Mas isso acabou não acontecendo, pelo menos até gravarmos Ghost Reveries. Nos dois anteriores, agendamos o estúdio, mas o tempo sempre apertava e acabamos gravando com muita pressa. Ao invés de adiarmos a data de lançamento, levamos metade das músicas necessárias e tivemos muito estresse desnecessário para finalizar tudo".
"Saber que você tem duas ou três semanas para fazer tudo, mesmo que ainda precise escrever algumas músicas pode ser mais estressante do que se imagina. Não culpamos ninguém pela nossa falta de preparo em Deliverance e Damnation. Ninguém além de nós mesmos, claro. Naquela época, só trabalhávamos assim".
"Mas com Ghost Reveries fizemos diferente. A gente realmente ensaiou e tínhamos preparado tudo de antemão. Fomos ao estúdio sabendo todas as músicas e sabendo o que fazíamos ali. Isso nos ajudou a pensar nas coisas antes delas acontecerem. Gostamos de deixar uma sala do estúdio só para experimentarmos as coisas. Isso é o que todas as bandas deviam fazer e provavelmente estão fazendo. Levamos 15 anos para aprender isso!".
"A entrada de Per Wiberg (teclado) em definitivo também ajudou. Basicamente, Mikael [Akerfeldt, guitarrista e vocalista] escreve tudo sozinho e depois acrescentamos algumas coisas. Mas Wiberg tem um jeito bacana de tocar e queríamos ele oficialmente na banda desde o início. Esta foi outra mudança bem audível em nossa música, temos Per Wiberg em destaque; seja no piano, seja no Hammond, seja com teclados sintetizados".
"No final das contas, todos os detalhes e aperfeiçoamentos do disco tiveram de ser criados antes das gravações, já que o tempo era restrito demais no estúdio. É meio novo para nós ter de fazer as coisas assim, mas acho que funcionou. Dá para notar que Ghost Reveries se destaca um pouco mais em comparação a nossos outros álbuns, de cujos detalhes menores cuidamos depois de gravar".
Ghost Reveries, novo lançamento do Opeth, já está disponível em catálogo de lojas online e nas galerias das grandes capitais.
Entrevista opeth 21/12/2005 07:51
entrevista retirada do site: www.cifraclub.com.br
link direto: cifraclub.terra.com.br/noticias/szws-peter-lindgren-fala-sobre-nova-e-muito-boa-fase-do-opeth.html
Entrevista:
2005 foi um ano e tanto para os suecos do Opeth. A começar pelo contrato fechado com a gravadora Roadrunner. Seguiu-se, então, a gravação de Ghost Reveries, já considerado o melhor álbum da banda - que tem na bagagem grandes obras como Blackwater Park e Still Life.
Capitaneado pelo guitarrista, vocalista e compositor Mikael Akerfeldt, o Opeth move-se conforme seus próprios modos, reunindo instrumentistas majestosos em uma mistura de vertentes extremas, melódicas e harmônicas do metal. Tudo com pitadas de rock progressivo - a paixão assumida da banda - e muita habilidade, sem virtuosismos.
Em entrevista ao zine Metal Forge, o guitarrista Peter Lindgren falou a respeito deste novo passo na carreira da banda, que chega aos 15 anos aparentando maturidade, mas sem cansaços. Ele falou a respeito do medo irracional de seus fãs acerca do contrato com a Roadrunner, conhecida por lançar bandas de new metal, e falou - muito mal - do primeiro videoclipe da banda, da música "The Grand Conjuration".
Fãs do Opeth vs. Roadrunner Records
"De primeira, ficamos irritados com a reação dos fãs. Pô, olha pra gente. Fazemos nosso próprio som há 15 anos. Nosso contrato com a Roadrunner não nos transformaria magicamente em uma banda de new metal, sabe? Eu acho imbecil que algumas pessoas realmente acreditam que uma gravadora como a Roadrunner consiga mudar o som de uma banda velha como o Opeth. Não é como se um americano chegasse para nós e nos mandasse usar calças largas".
"Será que a Roadrunner vai mandar a gente colocar um rapper no próximo disco? Não. Jamais vai acontecer. Nós não temos sequer produtores envolvidos em nosso processo de composição. Não confiamos em ninguém para isso. Acho que a maioria das críticas vem de uma cambada de moleques. Eles descobriram que fomos contratados por essa tal de gravadora de new metal e acabaram achando que viraríamos uma banda desse gênero".
"P****, até algumas fotos promocionais foram criticadas! Alguns moleques por aí reclamaram que a grama não estava verde o suficiente. Arrume uma vida! De toda forma, no fim das contas, acabamos deixando de nos importar com o que essas pessoas acham. Eles deveriam saber disso, se são fãs mesmo. Depois de tantos anos fazendo nosso som, não mudaríamos isso para ninguém".
O videoclipe de "The Grand Conjuration"
"Sempre falamos por aí que não somos muito chegados em fazer clipes, a menos que seja um clipe full length de uma música inteira. Obviamente, nós sabemos que isso nunca funcionará. Nossas músicas são grandes demais e ninguém vai querer trabalhar em cima de um vídeo para uma canção de 10 minutos se ninguém vai passar na TV. Então pensamos que a única forma de concretizar isso seria editando a música. Também não gostamos disso, mas fomos nessa".
"O pessoal da Roadrunner nos disse que teríamos apenas uma noite para filmarmos a parte onde tocamos e isso teria de ser feito durante nossa turnê. Perguntamos quem iria dirigir o clipe e nos disseram que seria Bill Yukich. Perguntamos qual era a proposta do clipe e nos mandaram três ou quatro idéias totalmente diferentes, então não sabíamos o que estava rolando. Estava um caos, então decidimos simplesmente entrar, filmar e dar o fora".
"E acho que o resultado final do clipe está de acordo com este caos. Não tínhamos idéia do que iria acontecer e eu não gostei nada do resultado final. Não tem nada a ver com a música, nem com a letra. Perguntamos algumas coisas para Bill Yukich, mas ele estava sempre puto demais para responder. Não sabíamos qual era a história ali. Nos mandaram o resultado final e estava horroroso. Decidimos então que algumas mudanças teriam de ser feitas".
"Foi quando nossos empresários e o pessoal da Roadrunner entraram em contato e falaram das bandas que ele havia dirigido (Foo Fighters, Probot e H.I.M.) e de todo o trabalho que ele botou em cima do nosso clipe. Depois de tanto tempo na banda, sempre pensamos que nosso primeiro clipe seria ótimo, mas ficou ridículo. Parece que meu gato sentou naquilo. Ficamos meio putos na hora, mas é só um clipe, quem se importa?".
"Ter um vídeo passando na TV parece uma boa idéia, não existe má publicidade e ele vai acabar servindo pra isso. Alguns amigos nossos ligam dizendo 'Esse é o pior vídeo que já vi na minha vida!' e nós simplesmente concordamos. Gosto da idéia de fazer clipes. O vídeo de 'Come To Daddy' do Aphex Twin, dirigido pelo Chris Cunningham é um exemplo de como algo pode sair legal. Mas ele está quase se aposentando e cobra caro, então não podemos usá-lo nunca".
"A gente deve fazer mais vídeos. Mas, dessa vez, vamos tomar mais cuidado e ter um pouco masi de controle sobre as coisas".
Ghost Reveries: o melhor do Opeth?
"As críticas foram tão boas que chegam a ser embaraçosas! Os fãs parecem ter amado o disco e nós não podemos deixar de concordar, porque também adoramos. Ele ainda é novo, então é natural que nos apaixonemos. Mas acho que daqui a alguns anos, Ghost Reveries será considerado um de nossos melhores discos, quiçá, o melhor".
"Fizems uma aproximação diferente com este disco. Nos dois últimos discos [Deliverance, de 2002 e Damnation, de 2003], a nossa idéia era chegar ao estúdio com preparo total, 100% ensaiados. Mas isso acabou não acontecendo, pelo menos até gravarmos Ghost Reveries. Nos dois anteriores, agendamos o estúdio, mas o tempo sempre apertava e acabamos gravando com muita pressa. Ao invés de adiarmos a data de lançamento, levamos metade das músicas necessárias e tivemos muito estresse desnecessário para finalizar tudo".
"Saber que você tem duas ou três semanas para fazer tudo, mesmo que ainda precise escrever algumas músicas pode ser mais estressante do que se imagina. Não culpamos ninguém pela nossa falta de preparo em Deliverance e Damnation. Ninguém além de nós mesmos, claro. Naquela época, só trabalhávamos assim".
"Mas com Ghost Reveries fizemos diferente. A gente realmente ensaiou e tínhamos preparado tudo de antemão. Fomos ao estúdio sabendo todas as músicas e sabendo o que fazíamos ali. Isso nos ajudou a pensar nas coisas antes delas acontecerem. Gostamos de deixar uma sala do estúdio só para experimentarmos as coisas. Isso é o que todas as bandas deviam fazer e provavelmente estão fazendo. Levamos 15 anos para aprender isso!".
"A entrada de Per Wiberg (teclado) em definitivo também ajudou. Basicamente, Mikael [Akerfeldt, guitarrista e vocalista] escreve tudo sozinho e depois acrescentamos algumas coisas. Mas Wiberg tem um jeito bacana de tocar e queríamos ele oficialmente na banda desde o início. Esta foi outra mudança bem audível em nossa música, temos Per Wiberg em destaque; seja no piano, seja no Hammond, seja com teclados sintetizados".
"No final das contas, todos os detalhes e aperfeiçoamentos do disco tiveram de ser criados antes das gravações, já que o tempo era restrito demais no estúdio. É meio novo para nós ter de fazer as coisas assim, mas acho que funcionou. Dá para notar que Ghost Reveries se destaca um pouco mais em comparação a nossos outros álbuns, de cujos detalhes menores cuidamos depois de gravar".
Ghost Reveries, novo lançamento do Opeth, já está disponível em catálogo de lojas online e nas galerias das grandes capitais.