Post by SealView on Oct 19, 2005 20:12:23 GMT -3
Conferi no sábado, 15 de outubro, o Live'N'Louder que ocorreu em Porto Alegre, no Gigantinho. Se apresentaram nesse dia as seguintes bandas: Scorpions, Nightwish, Shaaman, Destruction, Rage, The 69 Eyes e Toccata Magna.
Resumidamente, minhas impressões:
- Toccata Magna: a abertura do festival, lá por volta das 16:30, foi feita por essa banda porto-alegrense de metal melódico. Não conheço nada do trabalho da banda. Como entrei no local só na metade do show dessa banda, e a qualidade do som nessa hora estava muito precária, não vou me ater a comentar muito sobre. Tá bom. A proposta da banda não me agradou muito não. Parece ser aquela mesmice do metal melódico, riffs speed, agudos chatos, solos manjados, e por aí vai. A banda traz junto alguns elementos novos, baseados na música andina, mais precisamente de tribo indígenas, como aquelas flautas de bambus e tal, só que maior parte é executado com o tecladão. Para fechar a apresentação, tocaram um cover da The Evil That Men Do, do Iron Maiden. Na intro dessa o vocalista fez a melodia inicial com a ocarina (um tipo de instrumento de sopro). Ficou forçado, mas interessante até. Mas no restante, se ateram a (tentar) executar fielmente a música.
Link: www.toccatamagna.com/
- The 69 Eyes: outra banda que eu não tinha conhecimento. Ao saber que se tratava de uma banda finlandesa, logo pensei se tratar de mais uma banda melódica, típica do país. Tamanho ilusão! O som da banda é uma espécie de rock gótico, muitas das músicas beirando a hard. O vocal é grave, e bem colocado, ao estilo Iggy Pop. O instrumental não é lá inovador, mas bem coeso. A presença de palco da banda é muito boa, os músicos interagindo com o público o tempo inteiro, destacando se o baterista, que com os movimentos que realizava com o corpo (magrelo que era) parecia um homem borracha. Um verdadeiro malabarista, levantava o braço 90° e dava com tudo em pratos e caixas da bateria. Ao mesmo tempo que tocava, lançava algumas baquetas para o público e com agilidade pegava outras. Hehehe. No final do show, ultima música, levantou-se e deu pancada nos pratos, jogou baqueta longe, deu com a outra baqueta e a jogou longe também, e para finalizar deu um "soco" no prato. Hehehe. Muito boa apresentação da banda, que parece ser interessante. Estou para conferir o último álbum, "Devils".
Link: www.69eyes.com/
- Rage: bem, como vocês devem saber, o Rage é um power trio que faz um heavy, por vezes power metal, pancadão, com riffs potentes, sendo que as composições e letras seguem naquela mesma linha the book is on the table do metal. Higher Than The Sky!! A banda se apresenta com um bom entrosamento, e Victor Smolski (guitarra) e Mike Terrana (bateria) esbanjam toda a sua competência, com execução matadora e grande interação. Teve solo dos dois, guitarrista e baterista. Victor mandou uma "fritada" legal, mas mostrou toda técnica com alguns tappings bem colocados. Mike Terrana provou ser um monstro nas baquetas e fez um solo de bateria destruidor, de cair queixo! Peavy (baixo e vocal) como vocalista manda bem, uma voz grave e agressiva, mas mostrou possuir a sua limitação com o "senhor grave", sem comprometimentos. Ótima apresentação, e a banda conseguiu ganhar o público.
Link: www.rage-on.de/
- Destruction: chega então o Destruction para realizar uma apresentação matadora! Olha, depois de assitir a apresentação da banda, pude concluir que prefiro milhões de vezes escutá-los ao vivo. Schmier (vocal e baixo) é um verdadeiro raçudo, senhor do palco. Os seus verdadeiros berros, que por vezes não se dá para acreditar de onde ele consegue tirar tamanha exuberância e energia e suas saudações tornam o show muito agitado e as primeiras rodas de pogo começaram a surgir. Hehehehe. A banda manda a ver o seu trashão e mostra muita energia e carisma no palco. Substituiu muito bem a banda Testament, que se apresentaria mas teve cancelado o show dias antes, o que decepcionou muita gente.
Link: www.destruction.de/
- Shaaman: sai Destruction, entra (mesmo que demoradamente) a banda brasileira. Ainda não havia conferido uma apresentação da Shaaman, e minha decepção foi muito maior que minha espectativa. A banda veio com ar de "Somos a primeira banda brasileira de heavy que recebe a importância de tocar num festival desse calibre" e se tornou antipática. Aliás, o único momento em que conseguiu agradar foi quando o vocalista, André Matos, pediu que o público gaúcho, como diz ele "Fanático e amante do seu estado", cantasse o hino estadual, e o coro começou e todo o público acompanhou, tornando aquele momento emocionante. No restante show, a banda teve alguns "imprevistos" quando tentou improvisar, alguns momentos verdadeiramente "toscos", como por exemplo a banda querendo soar brutal e Hugo Mariutti (que acha que canta um pouco) deu alguns berros no microfone, estragando mais do que a banda já estragava. Ao final do show, no que seria a penúltima música e a banda saiu, para que o público fosse pedir o bis, viu-se o tamanho da decepção (ou seria distração?): o público não se manifestou! Mesmo assim a banda voltou e tocou "Lisbon", do Angra.
- Nightwish: o show mais esperado da noite. O Nightwish mostrou ter uma ótima presença de palco e uma grande simpatia. A banda agitou bastante, e o público correspondeu, tamanha animação. O repertório também foi muito bem escolhido, tocando as melhores músicas dos seus últimos trabalhos, entre outras, Slaying The Dreamer e Whishmaster. E execução também foi fiel. Rolou até um cover duma música do Pink Floyd, que não me recordo o nome ;D. O destaque fica por conta do simpático baixista e vocalista Marco Hietala, que além da interação mostrou ser um bom músico.
- Scorpions: o show do Scorpions me surpreendeu bastante. Os músicos se mostraram muito coesos, e competentes, as musicas sendo executadas muito fielmente, o que tornou o show empolgante. Mais empolgante ainda foi a performance e presença de palco de toda a banda. Os "véio" mostraram uma energia absurda!! Principalmente Klaus Meine (vocalista), que andava de lado a lado do palco, dava os seus tradicionais passos na frente do público, e tornando o agito com o pandeiro um gozo, hehehe, uma vez que a todo momento em que largava os microfones aparecia agitando meio que descordenadamente aquele pandeiro ali na frente do público, e depois jogava para um técnico de som, e vez por outra o negócio caía no chão. Irreverente também foi o baterista, que fez um solo de bateria e brincou com o público, pedindo que cada lado agitasse quando dava nos determinados pratos, hehe. Pela primeira vez o público das arquibancadas se agitou. Rolou na apresentação a maioria dos clássicos, como Between the Eyes, Wind of Change (grande emoção), Still Loving You, e o público estava muito afinado, acompanhando todas as músicas. Para fechar a noite, Hurricane levou o público ao delírio.
Bem, apesar de nenhuma das bandas serem da minha preferência, considerei muito proveitoso conferir esse festival. Espero outros festivais do tipo, entre outros shows de tamanho calibre.
Resumidamente, minhas impressões:
- Toccata Magna: a abertura do festival, lá por volta das 16:30, foi feita por essa banda porto-alegrense de metal melódico. Não conheço nada do trabalho da banda. Como entrei no local só na metade do show dessa banda, e a qualidade do som nessa hora estava muito precária, não vou me ater a comentar muito sobre. Tá bom. A proposta da banda não me agradou muito não. Parece ser aquela mesmice do metal melódico, riffs speed, agudos chatos, solos manjados, e por aí vai. A banda traz junto alguns elementos novos, baseados na música andina, mais precisamente de tribo indígenas, como aquelas flautas de bambus e tal, só que maior parte é executado com o tecladão. Para fechar a apresentação, tocaram um cover da The Evil That Men Do, do Iron Maiden. Na intro dessa o vocalista fez a melodia inicial com a ocarina (um tipo de instrumento de sopro). Ficou forçado, mas interessante até. Mas no restante, se ateram a (tentar) executar fielmente a música.
Link: www.toccatamagna.com/
- The 69 Eyes: outra banda que eu não tinha conhecimento. Ao saber que se tratava de uma banda finlandesa, logo pensei se tratar de mais uma banda melódica, típica do país. Tamanho ilusão! O som da banda é uma espécie de rock gótico, muitas das músicas beirando a hard. O vocal é grave, e bem colocado, ao estilo Iggy Pop. O instrumental não é lá inovador, mas bem coeso. A presença de palco da banda é muito boa, os músicos interagindo com o público o tempo inteiro, destacando se o baterista, que com os movimentos que realizava com o corpo (magrelo que era) parecia um homem borracha. Um verdadeiro malabarista, levantava o braço 90° e dava com tudo em pratos e caixas da bateria. Ao mesmo tempo que tocava, lançava algumas baquetas para o público e com agilidade pegava outras. Hehehe. No final do show, ultima música, levantou-se e deu pancada nos pratos, jogou baqueta longe, deu com a outra baqueta e a jogou longe também, e para finalizar deu um "soco" no prato. Hehehe. Muito boa apresentação da banda, que parece ser interessante. Estou para conferir o último álbum, "Devils".
Link: www.69eyes.com/
- Rage: bem, como vocês devem saber, o Rage é um power trio que faz um heavy, por vezes power metal, pancadão, com riffs potentes, sendo que as composições e letras seguem naquela mesma linha the book is on the table do metal. Higher Than The Sky!! A banda se apresenta com um bom entrosamento, e Victor Smolski (guitarra) e Mike Terrana (bateria) esbanjam toda a sua competência, com execução matadora e grande interação. Teve solo dos dois, guitarrista e baterista. Victor mandou uma "fritada" legal, mas mostrou toda técnica com alguns tappings bem colocados. Mike Terrana provou ser um monstro nas baquetas e fez um solo de bateria destruidor, de cair queixo! Peavy (baixo e vocal) como vocalista manda bem, uma voz grave e agressiva, mas mostrou possuir a sua limitação com o "senhor grave", sem comprometimentos. Ótima apresentação, e a banda conseguiu ganhar o público.
Link: www.rage-on.de/
- Destruction: chega então o Destruction para realizar uma apresentação matadora! Olha, depois de assitir a apresentação da banda, pude concluir que prefiro milhões de vezes escutá-los ao vivo. Schmier (vocal e baixo) é um verdadeiro raçudo, senhor do palco. Os seus verdadeiros berros, que por vezes não se dá para acreditar de onde ele consegue tirar tamanha exuberância e energia e suas saudações tornam o show muito agitado e as primeiras rodas de pogo começaram a surgir. Hehehehe. A banda manda a ver o seu trashão e mostra muita energia e carisma no palco. Substituiu muito bem a banda Testament, que se apresentaria mas teve cancelado o show dias antes, o que decepcionou muita gente.
Link: www.destruction.de/
- Shaaman: sai Destruction, entra (mesmo que demoradamente) a banda brasileira. Ainda não havia conferido uma apresentação da Shaaman, e minha decepção foi muito maior que minha espectativa. A banda veio com ar de "Somos a primeira banda brasileira de heavy que recebe a importância de tocar num festival desse calibre" e se tornou antipática. Aliás, o único momento em que conseguiu agradar foi quando o vocalista, André Matos, pediu que o público gaúcho, como diz ele "Fanático e amante do seu estado", cantasse o hino estadual, e o coro começou e todo o público acompanhou, tornando aquele momento emocionante. No restante show, a banda teve alguns "imprevistos" quando tentou improvisar, alguns momentos verdadeiramente "toscos", como por exemplo a banda querendo soar brutal e Hugo Mariutti (que acha que canta um pouco) deu alguns berros no microfone, estragando mais do que a banda já estragava. Ao final do show, no que seria a penúltima música e a banda saiu, para que o público fosse pedir o bis, viu-se o tamanho da decepção (ou seria distração?): o público não se manifestou! Mesmo assim a banda voltou e tocou "Lisbon", do Angra.
- Nightwish: o show mais esperado da noite. O Nightwish mostrou ter uma ótima presença de palco e uma grande simpatia. A banda agitou bastante, e o público correspondeu, tamanha animação. O repertório também foi muito bem escolhido, tocando as melhores músicas dos seus últimos trabalhos, entre outras, Slaying The Dreamer e Whishmaster. E execução também foi fiel. Rolou até um cover duma música do Pink Floyd, que não me recordo o nome ;D. O destaque fica por conta do simpático baixista e vocalista Marco Hietala, que além da interação mostrou ser um bom músico.
- Scorpions: o show do Scorpions me surpreendeu bastante. Os músicos se mostraram muito coesos, e competentes, as musicas sendo executadas muito fielmente, o que tornou o show empolgante. Mais empolgante ainda foi a performance e presença de palco de toda a banda. Os "véio" mostraram uma energia absurda!! Principalmente Klaus Meine (vocalista), que andava de lado a lado do palco, dava os seus tradicionais passos na frente do público, e tornando o agito com o pandeiro um gozo, hehehe, uma vez que a todo momento em que largava os microfones aparecia agitando meio que descordenadamente aquele pandeiro ali na frente do público, e depois jogava para um técnico de som, e vez por outra o negócio caía no chão. Irreverente também foi o baterista, que fez um solo de bateria e brincou com o público, pedindo que cada lado agitasse quando dava nos determinados pratos, hehe. Pela primeira vez o público das arquibancadas se agitou. Rolou na apresentação a maioria dos clássicos, como Between the Eyes, Wind of Change (grande emoção), Still Loving You, e o público estava muito afinado, acompanhando todas as músicas. Para fechar a noite, Hurricane levou o público ao delírio.
Bem, apesar de nenhuma das bandas serem da minha preferência, considerei muito proveitoso conferir esse festival. Espero outros festivais do tipo, entre outros shows de tamanho calibre.